A empresa de inteligência artificial DeepSeek estaria fornecendo dados que auxiliam em operações militares e de inteligência do governo da China, conforme relatou a Reuters na última segunda-feira (23). As informações são de uma autoridade dos Estados Unidos.
Falando sob a condição de anonimato, o alto funcionário também apontou que a startup utilizou tecnologia de ponta no desenvolvimento do seu modelo de linguagem, incluindo processadores fabricados pela Nvidia. O acesso a tais equipamentos é proibido, devido a
Um porta-voz da Nvidia disse que a gigante dos semicondutores não apoia a utilização dos seus produtos por marcas incluídas nas listas de restrição. Já a DeepSeek não se pronunciou a respeito das denúncias, mesmo caminho adotado pelas autoridades chinesas que foram procuradas.

Suspeitas de ligação com o governo chinês e bloqueio da IA
Outros países também já acusaram a DeepSeek de ser controlada pelo governo da China, mesmo sem provas mais concretas. Parte desta suspeita se deve às respostas censuradas do bot chinês, que em alguns casos pode ignorar as solicitações dos usuários ou fornecer respostas vagas.
Em testes feitos pelo TecMundo no final de janeiro, a IA se mostrou relutante ao responder sobre alguns temas sensíveis para o governo local, uma vez que segue as leis do gigante asiático. Confira o experimento neste texto.
Diante dessas suspeitas, entidades governamentais de vários países chegaram a proibir a utilização do chatbot em dispositivos oficiais, temendo que informações sigilosas pudessem ser acessadas pela China. Itália, Coreia do Sul, Taiwan e Austrália estão entre as nações que restringiram o acesso à tecnologia.
Com alegações semelhantes, a OpenAI chegou a sugerir ao governo Trump que proibisse a DeepSeek nos EUA, em um relatório divulgado em março. O documento apontou que a IA rival representa riscos à privacidade e segurança dos usuários.
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