O governo federal planeja desenvolver um sistema de navegação por satélite nacional, que funcionaria como alternativa ao GPS dos Estados Unidos, reduzindo a dependência de tecnologias estrangeiras. Um grupo para debater o assunto foi criado pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) no último dia 1º de julho.
As discussões acontecem em meio aos rumores de que Donald Trump poderia “desligar” o GPS no Brasil. Bolsonaristas alegaram, na semana passada, que o presidente americano pode aplicar novas sanções ao país, com as restrições ao sistema de geolocalização sendo uma delas.
- Leia também:
Comando da Aeronáutica, Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), Agência Espacial Brasileira (AEB), Laboratório Nacional de Astrofísica e Telebras são algumas das outras instituições participantes. As reuniões estão previstas para acontecer no Palácio do Planalto, em Brasília (DF).

Outras alternativas à tecnologia americana
Além do desenvolvimento de um sistema 100% nacional, há várias outras alternativas à tecnologia americana. Criado na década de 1970 para atividades militares, o GPS começou a ser largamente utilizado para fins civis no final do século passado, se tornando bastante popular.
No entanto, outras tecnologias surgiram nos últimos anos, algumas delas tendo mais satélites em órbita do que o sistema dos EUA, como é o caso do Beidou, criado na China, que possui cobertura global. Também vale destacar os sistemas Galileo, da União Europeia, e o GLONASS, da Rússia.
- Fique por dentro: Mito ou verdade: o GPS do seu celular usa satélites militares?
Falando à CNN, um auxiliar do presidente Lula (PT) comentou que não acredita na possibilidade de o GPS ser desligado no Brasil. Para ele, tal medida só é tomada em “situações de guerra” e poderia causar prejuízos para diversas empresas americanas em atuação no território nacional.
Curtiu o conteúdo? Continue no TecMundo e compartilhe as notícias nas redes sociais com os amigos.