Como escolher uma placa-mãe? Saiba encontrar uma motherboard compatível com seus hardwares

A placa-mãe ou motherboard é um dos principais componentes de um computador, com a função de conectar e permitir a comunicação de diversos hardwares, a exemplo de processador, placa de vídeo, memória RAM, armazenamento, entre outros componentes.

Ao escolher uma placa-mãe, é importante verificar questões de compatibilidade para certificar-se de que ela tem suporte aos seus componentes. Como exemplo, a motherboard precisa ser compatível com sua CPU e com seus pentes de memória RAM.

Outros pontos de análise para ajudar na escolha envolvem o tamanho da motherboard, construção dos módulos de energia, e recursos adicionais de conectividade e proteção do sistema.

A seguir, confira sete dicas para escolher a placa-mãe certa para seu sistema.

1. Placa-mãe precisa ser compatível com a CPU

Para escolher a placa-mãe certa para seu setup é importante considerar uma motherboard compatível com o processador (CPU). Essa verificação envolve a análise do soquete da placa-mãe, que é basicamente o slot físico para encaixe da CPU.

O primeiro ponto é que existem soquetes diferentes para marcas de processador distintas: existem placas-mãe com soquete para processador Intel, e placas-mãe com soquete para processador AMD. E não há como encaixar uma CPU AMD em uma motherboard com soquete Intel, e vice-versa.

Além disso, há variações de soquete de acordo com a geração ou modelo do processador. A Intel trabalha com soquetes LGA (como LGA 1151, 1200 e 1700), enquanto a AMD opera com soquetes AM (a exemplo de AM3, AM4 e AM5).

Como exemplo, um processador Intel Core i5-9400F precisaria de uma placa-mãe compatível com CPUs Intel e com suporte ao soquete LGA 1151.

Uma sugestão consiste em entrar na página oficial do seu modelo de processador e verificar a especificação do soquete. A partir disso, a escolha da placa-mãe deverá considerar modelos compatíveis com esse soquete de CPU.

2. Chipset da placa-mãe também é importante

Outro ponto a considerar em uma placa-mãe é o seu chipset. Basicamente, o chipset é um conjunto de componentes integrado à placa-mãe que gerencia a comunicação entre CPU e outras conectividades (como portas de armazenamento), e consolida recursos da motherboard (a exemplo de overclock e Wi-Fi).

Intel e AMD usam nomenclaturas diferentes para indicar a série do chipset. E as séries indicam a capacidade de recursos da placa-mãe.

  • Chipsets Série Z (Intel) ou Série X (AMD): chipsets voltados para placas-mãe de alta performance, com diversas portas (USB, SATA, NVMe), conexões modernas, e suporte a overclock de CPU e memória RAM;
  • Chipsets Série B (Intel ou AMD): chipset tradicional de uma placa-mãe intermediária, com menos portas e conectividade que as séries de alta performance, e que pode ou não oferecer suporte a overclock;
  • Chipsets Série H (Intel) ou Série A (AMD): chipsets básicos para placas-mãe de entrada, com limitação de portas SATA e USB, e sem suporte para overclock.

Vale destacar que o nome comercial das placas-mãe já indica o chipset usado. Como exemplo, a placa-mãe Asus B550M-Plus TUF Gaming mostra logo no nome que utiliza o chipset B550 da AMD.

3. Analise o VRM da motherboard

O Módulo Regulador de Tensão (VRM) tem a função de distribuir a energia da fonte de alimentação para diversas partes da placa-mãe de maneira estável. Por isso, é importante analisar o VRM da motherboard para ver se a construção dela é confiável.

Tenha em mente que quanto mais módulos, capacitores e transistores a placa-mãe tiver, mais estável será a entrega de energia para os componentes. Isso é essencial principalmente em sistemas que vão demandar bastante energia, como em casos de overclock.

Importante destacar que a entrega estável de energia para as partes da placa-mãe também evita superaquecimento de componentes e do sistema como um todo, o que resulta em maior durabilidade das peças do computador.

4. Confira as especificações de memória RAM

A escolha por uma placa-mãe também deve considerar especificações de memória RAM do sistema, que envolvem tipo de memória, frequência suportada, limite máximo e slots suportados.

Tratando-se de questões de compatibilidade, você precisa entender que seus pentes de memória RAM devem ser compatíveis com o tipo de memória (como DDR4 ou DDR5) suportado pela placa-mãe. As frequências (em MHz) de RAM também devem acompanhar os limites da placa-mãe.

Mas além disso, é válido observar qual o limite máximo de RAM suportado pela motherboard e quantos slots existem. Essas informações poderão te ajudar a saber quantos pentes de RAM poderá usar, e se vai conseguir trabalhar em modo Dual Channel ou somente em Single Channel.

5. Veja se a placa-mãe precisa de atualização da BIOS

Há casos em que uma placa-mãe pode ser compatível com seu processador apenas a partir de uma atualização BIOS (firmware de inicialização). Ou seja: mesmo que ambos os hardwares funcionem em conjunto, você vai ter de executar um update.

Algumas placas-mãe contam com o recurso BIOS flashback, possibilitando a atualização da BIOS sem CPU ou memória RAM. Mas outras motherboards exigem que você tenha um processador compatível mais antigo para fazer o update, o que pode tornar as coisas mais complicadas.

Por isso, é essencial verificar se a placa-mãe é compatível com sua CPU nativamente ou mediante atualização de BIOS. E para o segundo caso, verifique com a loja se já existe a opção de envio do produto com a BIOS atualizada.

6. Fique de olho no tamanho da placa-mãe

De nada adianta escolher uma placa-mãe compatível com todos os seus demais hardwares, se ela não for suportada pelo gabinete. Por isso, é essencial que você analisar o form factor de sua motherboard.

O form factor (ou “fator de forma”, em tradução livre) da placa-mãe é basicamente o tamanho da placa de computador. Cada fator de forma tem suas respectivas dimensões, encaixes para se prender ao gabinete, e espaços reservados para as conexões, o que pode resultar em mais ou menos portas (dependendo do tamanho).

Os tamanhos de placa-mãe mais comuns são ATX e Micro-ATX (mATX), suportados pela maioria dos gabinetes. Contudo, motherboards Mini-ITX e Nano-ITX têm formatos reduzidos e não são amplamente compatíveis: pode ser necessário mudar de gabinete ou escolher outro modelo de placa-mãe.

7. Verifique recursos extras da placa-mãe

Por fim, você deve analisar recursos adicionais de algumas motherboards. Em termos de construção, algumas placas-mãe apresentam dissipadores extras, suportes para placas de vídeo, além de escudos protetores para dar mais segurança a componentes internos e portas de conectividade.

E por falar em conectividade, existem modelos que já vêm com adaptadores Wi-Fi, Bluetooth, portas Thunderbolt e outras conexões mais atualizadas. Esses recursos garantem que o sistema tem suporte para as tecnologias mais recentes.

Quais são as principais marcas de placa-mãe do mercado?

Existem diversas marcas de placa-mãe no mercado, com opções para CPUs Intel ou AMD. E dentre as principais fabricantes de motherboard, estão:

  • Gigabyte;
  • MSI;
  • ASUS
  • ASRock;
  • Biostar;
  • Colorful;
  • MAXSUN.

Vale comparar placas-mãe similares de marcas diferentes para analisar recursos extras de um modelo ou de outro.

A placa-mãe deve ser escolhida antes ou depois do processador?

A placa-mãe costuma ser escolhida somente após a definição do processador, seja em uma montagem de PC do zero ou em atualizações robustas no setup. Isso acontece porque a CPU dita o nível de performance do computador, e restringe as opções de motherboard por questões de compatibilidade.

A exceção acontece quando você quer manter a mesma placa-mãe, mas deseja trocar os demais componentes de hardware: nesse caso, você precisa buscar por CPUs que sejam compatíveis com sua motherboard. Esse tipo de situação geralmente limita o seu poder de escolha.

Como escolher uma placa-mãe? Saiba encontrar uma motherboard compatível com seus hardwares

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