Resumo
- O iPhone 17, especialmente nas versões Pro e Pro Max, tem acumulado reclamações sobre marcas visíveis de arranhões.
 - De acordo com os relatos nas redes, os aparelhos ficam marcados até mesmo após o unboxing.
 - A substituição do titânio pelo alumínio é apontada como principal causa, relembrando o caso do iPhone 5, que também arranhava com facilidade.
 
A nova linha iPhone 17 já está enfrentando sua primeira polêmica, poucos dias após o lançamento mundial. Os primeiros consumidores dos aparelhos, principalmente das versões Pro e Pro Max, relatam nas redes sociais que os dispositivos arranham com muita facilidade, apresentando marcas e riscos logo ao serem retirados da caixa.
O problema, que já foi apelidado de “scratchgate”, parece afetar com mais intensidade os modelos com o novo acabamento em alumínio, como o iPhone 17 Pro azul e o iPhone Air na cor preta. A situação não é uma novidade na Apple e coloca em xeque, mais uma vez, as decisões de design e materiais feitas pela companhia.
De acordo com a PC Magazine, as queixas se espalham por lojas da Apple em cidades como Nova York, Xangai e Londres. Nas redes sociais, usuários desapontados publicam fotos e alertam novos compradores a usarem uma capa de proteção.
Produtos arranhados nas primeiras horas
Em vídeos e fotos publicados no X/Twitter na sexta-feira (19/09), data em que os iPhones começaram a ser entregues, usuários mostram que, nas primeiras horas de exposição nas Apple Stores, os aparelhos em exposição já apresentavam arranhões e até marcas circulares dos componentes MagSafe.
Na rede social, um usuário demonstra em um vídeo a situação dos iPhones na loja. “Desculpe, Apple, mas o #Scretchgate é real e muito decepcionante”, escreveu. Ele também compara a resistência do aparelho com seu antigo iPhone 13 Pro Max.
Em outras postagens, consumidores reclamam de arranhões nas primeiras horas de uso ou pior: já no unboxing.
Segundo o jornalista Mark Gurman, da Bloomberg, a vulnerabilidade dos modelos Pro estaria ligada à decisão da Apple de retornar ao alumínio anodizado nas laterais, abandonando o titânio usado na geração anterior. Embora o titânio seja mais resistente a riscos, ele também dissipa menos calor.
Vale lembrar que a Apple destacava a “melhor dissipação de calor” do alumínio como vantagem dos iPhones 15 Pro sobre o aço inoxidável.
Aparentemente, a troca de material trouxe de volta o problema, especialmente em cores escuras nas quais o contraste do alumínio prateado exposto se destaca. Gurman especula que, por essa razão, a empresa não trouxe uma versão preta à linha iPhone 17 Pro este ano.
Fantasma do passado

Curiosamente, a situação é muito similar à polêmica que marcou o lançamento do iPhone 5, em 2012. Na época, o aparelho, também construído com alumínio anodizado, ficou famoso por “descascar” e arranhar com extrema facilidade, principalmente na versão preta.
A resposta da Apple, na ocasião, veio através de Phil Schiller, vice-presidente de marketing no período. Em um e-mail a um consumidor, ele afirmou que “qualquer produto de alumínio pode arranhar ou lascar com o uso, expondo sua cor prateada natural” e que “isso é normal”. Nos bastidores, no entanto, a empresa teria intensificado o controle de qualidade na Foxconn, o que chegou a atrasar a produção dos iPhones.
Também não foi a primeira controvérsia quanto às decisões de design feitas pela Apple. Outra muito famosa foi a Antennagate, em 2010, com o iPhone 4 — as laterais de metal derrubavam o sinal da antena quando usuários seguravam o aparelho de determinada maneira.
Quatro anos depois, surgiu o bendgate, com o lançamento do iPhone 6 e 6 Plus. Por serem maiores e mais finos, os aparelhos, de alumínio, entortavam com facilidade quando guardados no bolso da calça. Naturalmente, a preocupação se repetiu com o anúncio dos finíssimos iPhone Air neste ano, mas testes de resistência recentes já demonstraram maior força.
Donos do novo iPhone 17 se queixam de problemas com arranhões

 (@amisecured)