Após negar, Google reconhece erro que não notificou milhões de pessoas sobre terremoto na Turquia

O sistema de alerta de terremotos do Google falhou em notificar da maneira adequada pelo menos 10 milhões de pessoas antes dos fortes

Apontado pelo presidente turco Recep Erdogan como o pior desastre do país nos últimos 100 anos, o terremoto de 2023 levou uma grande quantidade de prédios a desmoronarem. Muitas das vítimas possivelmente estavam dormindo, pelo horário em que a tragédia aconteceu.

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O alerta mais urgente, à esquerda, foi enviado para uma pequena quantidade de pessoas pouco antes do terremoto. (Imagem: Google/Divulgação)

Algoritmos de detecção revisados

Inicialmente, o Google disse que o AEA havia “funcionado bem” durante o terremoto da Turquia. Mas algum tempo depois, a gigante de Mountain View reconheceu que o sistema não trabalhou adequadamente, alegando limitações nos algoritmos de detecção da plataforma.

Depois disso, a big tech diz ter revisado esses algoritmos e executado uma simulação com a mesma magnitude do primeiro terremoto. Os resultados mostraram que o sistema enviou 10 milhões de alertas urgentes e 67 milhões de avisos menos severos depois da atualização.

Funcionando em 98 países, o alerta de terremotos do Android é operado pela própria companhia, sem a participação direta de governos. Embora a tecnologia seja usada apenas como ferramenta complementar aos sistemas de alerta das autoridades locais, acredita-se que muitas nações tenham uma forte dependência do AEA.

O Brasil é um dos países em que a tecnologia funciona. Este ano, moradores de São Paulo e Rio de Janeiro se assustaram com um alerta de terremoto de magnitude 5,5 enviado pelo Google durante a madrugada de 14 de fevereiro, porém a Defesa Civil de São Paulo negou qualquer registro de abalo sísmico na região.

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