O comércio eletrônico hoje é uma atividade mais que comum para quem acessa a internet e vive nas redes sociais. Abrir uma loja digital, passear pelo catálogo, adicionar itens ao carrinho virtual e fechar a compra, às vezes com algum cupom de desconto, praticamente virou rotina.
Esse setor movimenta muito dinheiro e facilita a vida na hora de fazer compras de quase qualquer item, além de ter gerado verdadeiros gigantes na indústria. A seguir, confira a origem e a evolução dessa área, incluindo nomes marcantes e sites que fizeram história, inclusive no mercado nacional.
O que é eCommerce ou comércio eletrônico?
O e-commerce é o processo de compra ou venda de bens e serviços por meios digitais. Mas ele não fica restrito só a encher o carrinho em um site ou aplicativo: é todo o conjunto de atividades comerciais na internet, incluindo pré-venda, pós-venda, suporte e anúncios.
Pedir itens remotamente é uma atividade mais antiga no comércio, mas usando catálogos e os meios de comunicação disponíveis na época, sejam cartas, o telégrafo ou um telefone. Então essa vontade de ter os produtos entregues em casa já é bem antiga.
Os primeiros experimentos
Computadores de universidades em rede já trocavam texto e arquivos entre si, então a transação entre sistemas era um negócio ao menos já imaginado. Na década de 1970, começou a correr a lenda de que alunos de Stanford e do Instituto de Tecnologia do Massachussetts (MIT) negociavam entre eles uma certa substância ilícita em forma de cigarro usando a conexão da ARPANET, a mãe da nossa internet.
Isso nunca foi documentado ou confirmado por fontes, possivelmente nunca aconteceu e a transação em si seria toda presencial, então tecnicamente não foi uma compra online. Mas é uma boa história que mostra um dos potenciais comerciais dessa tecnologia.
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Foi também o ano de início das operações do Etsy. Essa página não é tão conhecida aqui, mas o modelo de negócios dela vingou: foi a primeira loja digital para produtos artesanais, tipo objetos de decoração, móveis e afins feitos com os mais diversos materiais. Outros lançamentos de peso incluem o Shopify em 2006, que ajudou outras empresas a construírem as próprias lojas digitais de maneira personalizada, e também o sistema de venda de cupons de desconto do Groupon em 2008, que aqui no Brasil foi representado também pelo site Peixe Urbano.
A partir daqui, o mobile e a diversificação nos modelos de negócio começa. No começo da década de 2010, a chegada da Google Wallet e o Apple Pay consolidam as compras pelo celular. Em 2017 o Instagram começa a facilitar a compra de itens direto do feed de uma rede social e três anos depois, na pandemia da covid-19, há uma aceleração ainda maior desse mercado.
O início no Brasil
No cenário nacional, vamos direto para a metade da década de 1990, o que é muito cedo se comparamos com a história da internet por aqui. A Internet comercial tinha menos de um ano de vida e estava longe da prioridade para a grande maioria das famílias brasileiras.
Em 1995, o professor e empreendedor Jack London fundou a Booknet, a primeira livraria virtual do Brasil e primeiro e-commerce nacional. Ele fez isso depois de visitar a Amazon e querer replicar o modelo por aqui. As operações começaram em 96 com 12 mil livros de 35 editoras e até livrarias virtuais de outros países. O frete era de no máximo três dias pra Rio de Janeiro e São Paulo. O Jack faleceu em 2016, aos 67 anos, e foi uma das figuras mais importantes desse início da internet no Brasil em termos de negócios. Ele também criou uma empresa pioneira de venda de ingressos no Brasil, o TIX.

Nesse mesmo ano, outra loja virtual chamada Brasoftware também começava as operações. E em 97 o Pão de Açúcar era um dos líderes no varejo online. Ele começou a vender itens remotamente antes, mas o cliente precisava do catálogo e pedir via telefone ou fax. Também nesse ano o PontoFrio.com é lançado, primeiro só para consultas sobre os produtos e depois como canal de vendas.
Já em 1998 a Booknet foi comprada por uma empresa de investimentos e rebatizada de Submarino. Nesse ponto, a empresa ainda não gerava lucro, mas isso aconteceria alguns anos depois e ela até entraria na Bolsa de Valores. O Submarino foi depois incorporado na Americanas.com e gerando ao lado da Shoptime o grupo B2W.
Aqui começa o boom de lojas virtuais, com nomes como a própria americanas.com, arremate.com, o site do Magazine Luiza, os argentinos do Mercado Livre e muito mais. Foi uma alta tão grande que os Correios criaram o e-Sedex, um serviço de entregas exclusivo pra comércio eletrônico que durou até 2017.

Outro destaque desse período foi a Gol, a companhia aérea. Ela que teve a proposta de venda de passagens aéreas inicialmente só por meios online. Além disso, em 2003 surgem as primeiras plataformas de comparação de preços, como Bondfaro e Buscapé. Já em 2005 nasce o DealExtreme, talvez a primeira loja online chinesa que começou a ganhar fama internacional e depois abriu espaço para nomes como Aliexpress, Shopee e Temu.
Caindo no gosto popular
O ano de 2007 é considerado o período de descentralização do e-commerce brasileiro, ou seja, quando as grandes plataformas perdem força e os sites nichados crescem. Isso dura vários anos aqui no Brasil. Neste ponto, se popularizam os sites de venda de celulares mais baratos, com nomes como Mega Mamute e Cissa Magazine. Essas lojas especializadas incluem também livrarias, como a Saraiva; informática, como Kabum e várias outras; roupas e calçados, como a Netshoes.
A Amazon só veio para o Brasil em 2012, também começando por aqui apenas com livros, mas já com a política agressiva de descontos e entrega veloz que quebrou muitas concorrentes. E o Brasil ainda tem vantagem em relação a outros países por causa do nosso sistema bancário: o pagamento nunca foi problema pra gente gerando boleto ou então desde o fim de 2020 por meio do Pix, que acelerou ainda mais as coisas.
A quantidade de lojas também disparou e os métodos para compra e venda só foram ficando mais fáceis. Só que nem todas as notícias foram bem recebidas, já que em 2023 tivemos a chegada do Remessa Conforme. O programa de impostos aumentou taxas e balançou as compras de sites internacionais, em especial da China.
O eCommerce hoje é integrado a um delivery de praticamente tudo e com muita tecnologia envolvida. Os galpões imensos para distribuição dos produtos são gerenciados por sistemas automatizados. Além disso, IAs ajudam cada vez mais na recomendação de produtos e até em resumir avaliações.
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Dos sites listados nessa história, qual é o seu favorito e onde mais o seu carrinho de compras virtual fica cheio? Conte para a gente nas redes sociais do TecMundo!