O Smart Sampa, programa de vigilância que usa câmeras com reconhecimento facial no reforço da segurança pública, não contribuiu para a redução dos crimes de furto, roubo e homicídios na cidade de São Paulo. É o que aponta um estudo do projeto O Panóptico, publicado na última sexta-feira (25).
Lançada em fevereiro do ano passado, a iniciativa tem atualmente mais de 31 mil
“Em um cenário de escassez orçamentária e serviços públicos precarizados, é urgente reavaliar prioridades: a segurança pública deve ser pensada a partir de políticas eficazes, com base em evidências e respeito aos direitos fundamentais, não em soluções tecnológicas que promovem vigilância massiva sem resultados concretos”, concluiu o estudo.

Prefeitura critica estudo
Questionada pelo Núcleo a respeito dos resultados da pesquisa, a Prefeitura de São Paulo se manifestou por meio da Secretaria Municipal de Segurança Urbana, criticando o relatório. Segundo o órgão, o estudo tem falhas de metodologia e introdução “carregada de afirmações politizadas”.
A Secretaria também alega que não houve nenhuma prisão incorreta ou injusta por meio de abordagens iniciadas a partir da tecnologia. “Todos os alertas são obrigatoriamente validados por agentes humanos, um nível de rigor que não é observado em sistemas de reconhecimento facial utilizados em outras partes do mundo”, diz a nota.
Conforme o documento, a tecnologia auxiliou em 2.965 prisões em flagrante, na captura de 1.558 fugitivos da justiça e na localização de 79 pessoas desaparecidas e devolvidas às famílias, até o momento. A Prefeitura afirma, ainda, que o Smart Sampa possui 91% de aprovação da população.
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