Kuiper dá novo passo para oferecer internet via satélite no Brasil

O provedor de internet Kuiper via satélite deu mais um passo importante no Brasil: fez a homologação de um equipamento essencial para fortalecer a base terrestre de sua futura constelação. A empresa deve disputar com a Starlink e levar internet de alta velocidade a qualquer canto do planeta.

Como funciona o equipamento do Kuiper

  • O conversor de frequência modelo WAP-075 G01-0001, fabricado pela empresa americana Waverstream, passou pela homologação da Agência Nacional de Telecomunicações.
  • Ele pega os sinais de internet que vêm até o usuário, converte para uma frequência que os satélites conseguem entender e os amplifica com uma potência de 75 W – segundo o fabricante, o bastante para garantir uma transmissão robusta.
  • O equipamento promete garantir que os dados dos clientes viajem sem percalços.
Unidade de uplink de satélite branca da Amazon Kuiper com etiquetas de especificações e códigos QR sobre uma mesa de madeira, com uma régua amarela e preta posicionada ao lado para referência de tamanho.
Equipamente fica em solo e auxilia na comunicação com os satélites no espaço (imagem: reprodução/Gabriel Sérvio)

Kuiper no Brasil: lançamentos e previsão de operação

O Project Kuiper ainda não tem uma operação comercial no Brasil. Ainda assim, tem feito progresso.

A primeira autorização da Anatel veio em novembro de 2022. Como o cronograma de implementação de uma mega-constelação de satélites é complexo, a agência demonstrou flexibilidade ao conceder prorrogações de prazo

O mais recente fixou a data de 29 de agosto de 2025. Essa medida visa permitir que a Amazon complete a movimentação orbital de seus satélites já lançados, um processo que pode levar meses.

Como parte da preparação, a Anatel autorizou testes temporários do serviço em solo brasileiro, programados para ocorrer entre 24 de junho e 21 de setembro. Eles se concentram em duas cidades: Cosmópolis (SP) e Glória de Dourados (MS).

No contexto global, a Amazon tem a ambição global de oferecer os serviços do Kuiper aos primeiros clientes até o fim deste ano. Ela tem realizado lançamentos bem-sucedidos de seus satélites de produção, com mais de 50 já em órbita, e tem um cronograma de envios para os próximos anos, com a meta de posicionar mais de 3,2 mil satélites.

A licença concedida pela FCC (Federal Communications Commission, equivalente à Anatel nos Estados Unidos) exige que pelo menos metade da constelação esteja operacional até julho de 2026.

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