Pesquisadores da Universidade La Sapienza de Roma, na Itália, desenvolveram uma nova tecnologia capaz de identificar e rastrear pessoas com base em como o corpo interage com os sinais Wi-Fi. O mecanismo foi detalhado em um artigo publicado no último dia 17 de julho na plataforma arXiv.
Batizada de “WhoFi”, a novidade foi criada como uma alternativa aos sistemas convencionais de vigilância baseados em
Isso é mais do que os 75% de precisão atingidos em iniciativas semelhantes realizadas anteriormente por outros pesquisadores, sugerindo que esse tipo de tecnologia pode evoluir ainda mais. No experimento recente, foram usados dois modelos básicos de roteadores TP-Link N750 para gerar o sinal sem fio, embora o software exigido seja bastante avançado.

Vigilância indesejada
Teoricamente mais eficiente que os sistemas de vigilância convencionais baseados em vídeos, a solução criada na universidade italiana, que ainda é um conceito, pode ser usada de várias maneiras. A aplicação serviria, por exemplo, para monitorar áreas sensíveis ou críticas para a segurança.
Há, ainda, a possibilidade de uso em estabelecimentos comerciais para identificar clientes assíduos ou que estão retornando após um longo tempo de ausência e oferecer promoções específicas para cada caso. Mas o sistema também levanta preocupações em relação à privacidade.
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Com a ampla disponibilidade de conexões Wi-Fi em espaços públicos e privados, as pessoas poderiam ser rastreadas e identificadas com facilidade, mesmo sem o uso de celular ou outro dispositivo, aumentando os riscos de vigilância indesejada e até ilegal.
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