A Electronic Arts e a DICE estão apostando alto em Battlefield 6, que será lançado em 10 de outubro. Durante uma sessão de testes, eu tive acesso a dois novos mapas de larga escala: Mirak Valley, o maior do lançamento, e Operation Firestorm, uma reimaginação de um dos cenários clássicos de Battlefield 3.
Ambos reforçam a proposta de caos controlado, com destruição em massa e combates cheios de alternativas. Foram cerca de três horas de jogatina que mostraram o quanto o jogo consegue equilibrar ação intensa com um nível surpreendente de desempenho no PC.
Mesmo com explosões, veículos aéreos e terrestres e ambientes totalmente destrutíveis, Battlefield 6 rodou por aqui de forma fluida, entregando o que promete ser a experiência definitiva da série. Tudo bem, eu testei o jogo em uma RTX 5080, mas a equipe da DICE afirma que está trabalhando dia e noite para tornar as explosões e destruição de BF6 acessível para todos os tipos de jogadores.
Além da sessão prática, eu conversei com Jeremy Chubb (produtor) e Shashank Uchil (diretor de design), da EA Games e DICE. Os dois desenvolvedores falaram sobre os bastidores da produção, os desafios técnicos de otimização, a participação da comunidade e o desejo de transformar Battlefield 6 em um título acessível para todos os perfis de jogadores.
Otimização foi prioridade desde o início
De acordo com Jeremy Chubb, trabalhar na performance de Battlefield é “um pesadelo” para engenheiros, mas uma prioridade absoluta. “Temos mapas gigantes, até 64 jogadores em um único ponto de captura, veículos com física própria, partículas, destruição total e ambientes fotorrealistas”, explica.
“Em qualquer outra produção isso já seria um desafio enorme, mas em um FPS competitivo, é inegociável entregar fluidez, baixa latência e confiabilidade”, contou o experiente desenvolvedor, que está na indústria há mais de duas décadas.
Shashank Uchil, que está na linha de frente do trabalho de design, reforça que essa mentalidade esteve presente desde o primeiro dia de desenvolvimento. Segundo o diretor, o foco na otimização é constante durante a construção do game.
“Toda semana acompanhávamos gráficos de desempenho. Se algo ficava em vermelho, significava que precisávamos resolver imediatamente. Nunca houve espaço para comprometer performance, e isso só foi possível porque a liderança foi firme em não abrir exceções”, disse o diretor de design.
Segundo Uchil, o maior desafio foi planejar cenários que se mantivessem jogáveis mesmo após explosões e com uma larga escala de combate. De acordo com o desenvolvedor, tudo é muito imprevisível no gameplay, dificultando o trabalho da equipe.
“Você precisa pensar em rotas, cobertura, helicópteros, telhados, e ao mesmo tempo prever que tudo isso pode ser destruído. É como criar ‘planos de backup’ o tempo todo. Nada é 100% garantido porque um tanque pode acabar com uma construção inteira”, detalhou.
Essa complexidade, no entanto, é o que torna Battlefield 6 único. “Quando funciona, é incrivelmente recompensador”, completou Uchil.
Como a comunidade está ajudando a moldar Battlefield 6
A experiência de gameplay do teste que tivemos acesso também mostrou evoluções em relação ao beta aberto. Segundo a dupla, a equipe está constantemente ouvindo a comunidade e ouvindo feedbacks e reclamações, como no caso da escopeta.
Jeremy Chubb disse que Battlefield 6 está sendo construído de maneira mais transparente, o que é algo diferente para o time, mas tem sido recompensador. Desde antes do anúncio oficial, o estúdio manteve o programa BF Labs, em que jogadores selecionados testaram versões iniciais do game.

“Não tivemos grandes surpresas perto do lançamento porque o feedback veio cedo. Foi uma pressão constante, mas positiva, que nos ajudou a ajustar a direção do projeto”, afirmou Chubb.
Mesmo após o lançamento, a ideia é que o contato seja permanente, criando um ciclo de desenvolvimento mais transparente e colaborativo. “Esse diálogo não tem mais volta, uma vez que você começa, é preciso continuar. É um novo jeito de fazer games para nós.”
Um Battlefield para todos os estilos
Com o foco na otimização e a construção com a comunidade, os desenvolvedores visam tornar Battlefield 6 um jogo feito “para todos”. Os produtores garantem que Battlefield 6 foi pensado para agradar diferentes públicos, principalmente com seus mapas abertos.
Seja fã de ação tática, seja adepto do caos total, haverá espaço para todos os estilos. “Meu desejo é que, independentemente de quando você conheceu a franquia, esse jogo atenda às suas expectativas. Trabalhamos duro para que todos encontrem algo divertido aqui”, disse Jeremy Chubb.
Shashank complementa: “Não importa se você prefere ser sniper, piloto ou ir para cima de tanque em tanque. A ideia é que, ao experimentar, você encontre um estilo que funcione para você e que traga diversão”.
- Veja também: Quanto custa um PC gamer para rodar Battlefield 6?
Com mapas inéditos, cenários clássicos repaginados e muita ação, Battlefield 6 chega em 10 de outubro para PC, PlayStation 5 e Xbox Series X|S. O game já está em pré-venda por valores partindo de R$ 299.
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