Resumo
- Shuhei Yoshida, ex-chefe da Sony, afirma que o PlayStation 5 atingiu o auge e os avanços gráficos estagnaram.
- Contudo, o executivo afirma que o PS5 é um sistema “incrível” e, junto ao SSD, tornou quase “todos os jogos melhores”.
- Rumores indicam que o PlayStation 6, previsto para 2028, focará em eficiência e novas tecnologias de IA.
Para Shuhei Yoshida, ex-presidente da Sony Interactive Entertainment Worldwide Studios, a geração atual do PlayStation atingiu uma espécie de platô tecnológico. Durante uma participação no podcast Friends Per Second, Yoshida comentou que é difícil reconhecer avanços visuais nos games da geração atual.
“Os gráficos atingiram um nível que nem eu consigo diferenciar entre alguns recursos, como o ray tracing, a menos que seja lado a lado ou com uma taxa de quadros mais alta”, afirmou. O executivo sugeriu que o PlayStation pode ter atingido seu auge em poder gráfico.
“Não conseguem fazer o mesmo”

No podcast, Yoshida sugere que a Sony evite repetir a receita usada em ciclos anteriores: “Claramente eles não conseguem fazer o mesmo que vinham fazendo, que é aumentar o poder gráfico para fornecer experiência de ponta”.
Contudo, ele afirma que o “PS5 é um sistema incrível em termos de qualidade de experiência”, e lembra que a “adoção do SSD foi quase um milagre”. “Acho que o PS5 e o SSD tornaram quase todos os jogos melhores”, pontua.
Shuhei Yoshida deixou a Sony em janeiro, após trabalhar mais de três décadas para a empresa. Durante anos, ele foi figura central no desenvolvimento dos jogos exclusivos do PlayStation até ser transferido para a seção indie, onde encerrou a carreira na companhia.
Vale lembrar que, segundo a própria Sony, o PlayStation 5 é a geração mais lucrativa da história. O ciclo atual superou em faturamento todas as gerações anteriores e, desde 2020, o console já rendeu US$ 136 bilhões.
PlayStation 6 será melhor que o PS5 Pro?

O consultor de design do PlayStation, Mark Cerny, e o vice-presidente sênior da AMD, Jack Huynh, apareceram em um vídeo oficial há quase duas semanas para comentar sobre o Projeto Amethyst — colaboração focada em “tecnologia baseada em aprendizado de máquina para gráficos e jogabilidade”.
Cerny confirmou que as novidades “só existem em simulação no momento”, mas que os “resultados são bastante promissores”. Ele conectou o projeto a um novo hardware, possivelmente o PlayStation 6, afirmando estar “muito animado para trazê-los para um futuro console daqui a alguns anos”.
As declarações chegam em paralelo a vazamentos sobre o novo console da Sony. Rumores indicam que o PS6 chega em 2028, com foco em eficiência e novas tecnologias baseadas em inteligência artificial, deixando o poder gráfico bruto em segundo plano.
Em agosto de 2025, o canal no YouTube Moore’s Law is Dead (MLID) chegou a divulgar informações sobre a nova geração do console. O conteúdo, segundo o canal, seria de uma apresentação interna da própria AMD feita em 2023.
O vazamento sugere que o PS6 será mais poderoso que o PS5 Pro e terá uma “grande ênfase em restrições de custo”. O objetivo seria manter o preço do console próximo ao do PS5 base em seu lançamento. O material detalha ainda o suposto chipset do console: uma APU (Unidade de Processamento Acelerado) personalizada da AMD, com chiplet Navi 5.
Esta APU contaria com 40 a 48 Compute Units (Unidades Computacionais) RDNA 5, operando a cerca de 3 GHz, e potencialmente 8 núcleos de processador Zen 6. O TBP (Total Base Power) do chip seria de 160 W, bem mais eficiente em termos de energia que o chip Zen 2 do PS5 Pro.
Ainda segundo os rumores, o desempenho geral do PS6 pode ser três vezes maior que o do PS5 original, com ganhos substanciais no ray tracing. O desempenho final também dependeria de técnicas de upscaling de IA, como o PSSR (PlayStation Spectral Super Resolution), para otimizar as taxas de quadros, visando atingir 4K a 120 fps de forma consistente.
Com informações do Games Radar
PlayStation 5 atingiu o auge e avanço gráfico estagnou, diz ex-chefe da Sony
