Polícia prende hacker que coordenou e transmitiu ao vivo ataque a site do TJRS

Um hacker acusado de realizar ataque cibernético ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) foi preso em Guarabira, na Paraíba, nesta terça-feira (22). O homem transmitiu a ação ao vivo por meio de um canal na deep web, segundo a investigação, oferecendo dinheiro para quem o auxiliasse.

Durante a “Operação Negazione”, agentes da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPRCC/Derc) cumpriram mandados de busca e apreensão e de prisão preventiva no interior paraibano. Além da detenção do investigado, que não teve o nome revelado, os policiais apreenderam dispositivos eletrônicos utilizados na campanha maliciosa.

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“Derrubem e mostrem seu poder, pago no Pix”, escreveu o cibercriminoso durante a transmissão, incentivando os demais participantes a auxiliarem na ação. Menos de 20 minutos após a publicação da mensagem, o autor voltou a se no pronunciar no grupo, confirmando o sucesso do ataque ao deixar os sites indisponíveis.

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Em ataques DDoS, sites recebem um volume de acessos acima da média, podendo ficar fora do ar. (Imagem: Getty Images)

Ameaça de ataque ao site do STF

Nos prints da conversa do grupo divulgados pelo GZH, “Federal” celebrou o sucesso do ciberataque, compartilhando notícias repercutindo a ação na imprensa. Nas conversas, ele também sugeriu a possibilidade de um ataque semelhante direcionado ao site do Supremo Tribunal Federal (STF), deixando a página “off por 24 horas”.

Segundo a investigação, o autor possui registro por fraude eletrônica e teria envolvimento em crimes como estelionato e comercialização de informações sigilosas. Ele usa várias estratégias para ocultar a identidade, mas as autoridades conseguiram localizá-lo por meio de uma rede de informações.

“O objetivo das buscas é apreender dispositivos eletrônicos, mídias de armazenamento e documentos que subsidiarão a continuidade das investigações, especialmente quanto à identificação de demais integrantes do grupo e suas conexões com crimes similares ocorridos em outras unidades da federação”, disse a Polícia Civil do Rio Grande do Sul, em comunicado.

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