Hoje em dia, é possível encontrar músicas até mesmo dos artistas mais obscuros e independentes em plataformas de streaming ou redes sociais. Só que a situação nem sempre foi essa e, nas duas primeiras décadas de vida da internet, programas de compartilhamento de arquivos em formatos como o MP3 reinavam de forma absoluta — até que fossem fechados por autoridades ou então após ações judiciais.
Entre as muitas alternativas desse segmento, um programa se destacava pelo catálogo com arquivos mais obscuros, o simpático mascote presente na logo e um funcionamento que poderia ir do intuitivo ao complexo dependendo da paciência do usuário para aprender a utilizá-lo. É o eMule, um nome que pode desbloquear memórias de muita gente que navegou pela rede nos anos 2000.
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Por outro lado, ele também não estava livre de problemas. Clientes alternativos e fraudulentos se espalhavam por fontes não oficiais, carregando malwares danosos ao PC dos usuários. Além disso, a pirataria de músicas no período era praticamente uma loteria: você não sabia exatamente se estava baixando o arquivo correto e nem se ele viria livre de ameaças.
O que aconteceu com o eMule?
O eMule perdeu boa parte da popularidade já na segunda metade da década de 2010, com o surgimento de uma segunda onda de programas de download de músicas e serviços online, como o Grooveshark. A popularização do torrent e, em seguida, a chegada da iTunes Music Store e das plataformas de streaming, pulverizou ainda mais a base de usuários.
Entretanto, mesmo distante da fama anterior, o eMule segue ativo e operante. Desde 2017, uma versão do cliente de downloads desenvolvido pela própria comunidade segue no ar e até mesmo o fórum do programa continua ativo. Apesar de não serem os únicos, países de língua espanhola ainda seguem especialmente participantes por lá.
No fórum, pessoas tiram dúvidas, trocam experiências e auxiliam na criação de atualizações para o programa, inclusive relatando bugs. Porém, são menos arquivos disponíveis atualmente e as próprias redes de compartilhamento estão desatualizadas, o que significa baixa velocidade de download e a ausência de funções modernas.
Mesmo longe do auge, portanto, o eMule continua de pé graças ao esforço de quem sempre manteve o projeto de pé. E o programa carrega ainda um legado impressionante: só no site SourceForge, já foram mais de 695 milhões de downloads do programa desde a sua criação. No Baixaki, ele também é um sucesso: a versão para Windows passou das 65 milhões de instalações.
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Para além dos programas citados acima, o brasileiro também adotou um site para hospedar e baixar arquivos como músicas e softwares: o 4shared. Quer saber o que aconteceu com ele? Confira neste artigo do TecMundo!