Quem fim levou a Vasp, a tradicional empresa de aviação de São Paulo?

O Brasil tem uma história já rica na aviação,

Porém, todas as investidas só pioraram a situação financeira delicada da Vasp, que começou a atrasar salários, reduzir rotas e se tornar inadimplente com fabricantes internacionais, que passaram a aumentar o valor de leasing (aluguel temporário de aeronave para a frota) como garantia.

O que aconteceu com a Vasp?

Mesmo estando afundada em dívidas, a Vasp terminou a década de 1990 com uma alta quantidade de voos nacionais e internacionais. Porém, a situação era cada vez mais insustentável, com a solução sendo cancelar rotas (incluindo todas as estrangeiras) e devolver aeronaves.

Canhedo chegou a ser preso por falta de pagamentos e tentou vender a Vasp sem sucesso. Em 2004, ela perdeu ainda mais aviões quando modelos já defasados tiveram o uso impedido por questões de segurança, além de encarar greves de funcionários.

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Aeronaves abandonadas da Vasp após a falência. (Imagem: GettyImages)

No ano seguinte, ela encerra definitivamente os voos domésticos e só em 2008 teve a falência decretada em São Paulo pela primeira vez — o caso se arrastou na Justiça e foi confirmado apenas em 2013. Só dois anos depois os funcionários começam a receber (ainda parcialmente) os pagamentos devidos.

Com o tempo, boa parte da frota da Vasp foi desmontada para venda de peças ou comprada e enviada para exibição diversas cidades do Brasil. Até hoje, a massa falida da empresa busca uma indenização de ao menos R$ 9,5 bilhões pelo período em que foi estatal, o que a obrigava a operar com valores tabelados pelo governo, em um caso que se arrasta há anos nos tribunais.

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