Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 mantém o ritmo do 1+2 e mostra que ainda há fôlego no skate arcade! Confira a análise do Voxel

Quase cinco anos depois do excelente remake de Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, a franquia retorna novamente com uma nova coletânea: Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 — mas, desta vez, o desafio foi ainda maior.

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Ainda assim, há destaques e boas surpresas — incluindo o “Vai Vendo”, do Marcelo D2, e “Real Thing” do Turnstile. A inclusão de artistas mais novos ajuda a atualizar o repertório, mas alguns jogadores veteranos podem sentir falta de músicas mais emblemáticas ou da seleção mais icônica dos remakes anteriores. Na verdade, não custava nada adicionar pelo menos mais uma do Charlie Brown Jr.

O maior elenco de skatistas de toda a franquia

Certamente, o que seria de um jogo de skate sem os lendários skatistas, não é mesmo? Nesse aspecto, THPS 3+4 acerta em cheio e conta com uma seleção robusta de atletas clássicos e modernos.

Tony Hawk, Bam Margera, Rodney Mullen e outros nomes tradicionais estão presentes, ao lado de novos profissionais como Yuto Horigome e querida Fadinha Rayssa Leal — que, inclusive, foi uma escolhe unânime na Iron Galaxy. A diversidade é celebrada: há mais mulheres, skatistas internacionais e opções variadas de estilo.

Vale mencionar a lista de skatistas desbloqueáveis, que renderam alguns crossovers de peso para Tony Hawk’s Pro Skater 3+4. Doom Slayer e Revenant de DOOM e Michelangelo das Tartarugas Ninjas não fazem só participações pontuais e também têm seus próprios kits de habilidades temáticas.

Além disso, a criação de skatistas personalizados segue presente, com opções visuais amplas, incluindo roupas de marcas reais, como Vans e Volcom, tatuagens, modelagens de shape e muito mais. Também está de volta o sistema de pontos para evoluir atributos e desbloquear habilidades.

Lembrando que skatistas desbloqueáveis, assim como roupas, skates, músicas e outros acessórios, podem ser adquiridos na loja do jogo com dinheiro conquistado ao cumprir os objetivos das fases.

Multiplayer e modos adicionais foram bons acréscimos, mas com ressalvas

Já no que diz respeito ao multiplayer, ele é funcional e traz partidas online com suporte a cross-play — além de modos clássicos como Graffiti, Score Challenge e modos livres. Felizmente, como o jogo já estava em acesso antecipado de dois dias para quem adquiriu a Deluxe Edition, foi bem tranquilo de encontrar sessões.

Há também o modo HAWK, no qual jogadores escondem e procuram letras no mapa, e a opção de Free Skate online, onde é possível encontrar alguns jogadores realmente habilidosos que elaboram combos absurdos em sequência. Ainda assim, algumas ausências chamam atenção: não é possível, por exemplo, votar nos mapas entre as partidas.

A criação de parques está mais intuitiva do que nunca, com opções de remix, inserção de objetivos, rampas dinâmicas e NPCs. As possibilidades são amplas, e a comunidade deve se beneficiar disso com pistas criativas a longo prazo — assim como aconteceu em Tony Hawk’s Pro Skater 1+2, que até hoje rende um “caldo” na criação de pistas. 

Também estão presentes os modos Speed Run, Tours Solo e desafios especiais — incluindo objetivos extras e medonhos Expert Challenges que exigem habilidades refinadas que não é qualquer “mero mortal” que possui.

Rodando liso

Visualmente, Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 não busca realismo, mas entrega um estilo artístico limpo, colorido e coerente com a proposta arcade — e tudo bem, afinal, esse não é o objetivo da experiência, embora seja tudo muito competente. A iluminação, os efeitos e a modelagem dos skatistas são ótimas, embora a Iron Galaxy pareça reutilizar parte do material do 1+2

Fases como Rio e Pinball impressionam pela atmosfera — enquanto outras, como o Zoológico, perdem um pouco de vida em comparação ao original.

No PS5, o jogo roda com fluidez no modo Fidelidade, mas também conta com opção de Performance disponível. Durante os testes, não foram observados problemas sérios de travamento ou bugs relevantes. A execução é estável e agrada desde o primeiro momento.

Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 traz a experiência definitiva com o skate arcade

Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 não é apenas uma continuação do remake de 1+2, é um projeto mais ambicioso, que tenta consolidar duas eras distintas da franquia em uma experiência coesa.

Não é um remake perfeito, nem uma reimaginação revolucionária. É, antes de tudo, um jogo divertido, respeitoso com sua herança e incrivelmente viciante — como era de se esperar.

A Iron Galaxy acerta em cheio na jogabilidade e oferece um pacote rico em conteúdo. Ao mesmo tempo, perde parte da identidade de THPS4 ao optar por uniformizar sua estrutura. 

A trilha sonora é boa, mas menos marcante do que antes, enquanto o multiplayer funciona, mas poderia ser mais completo. Ainda assim, para veteranos e novatos, THPS 3+4 é uma celebração digna do legado de Birdman e da cultura do skate nos videogames.

Nota do Voxel — 90

No fim das contas, tudo o que a gente quer é voltar para aquele ciclo repetitivo de mandar um combo absurdo, cair, levantar e tentar tudo de novo. E nesses quesitos, Tony Hawk’s Pro Skater 3+4 acerta em cheio.

Pontos positivos

  • Experiência definitiva com a franquia Tony Hawk’s
  • Elenco gigantesco de skatistas, incluindo crossovers de peso
  • As fases reimaginadas são ótimas, enquanto as inéditas são ainda melhores
  • Opções de customização variadas para os skatistas e criação de pistas

Pontos negativos

  • Ausência da liberdade do THPS4 original homogeniza um pouco a experiência
  • Trilha sonora é ótima, mas não tem o mesmo peso dos jogos originais (e nem do 1+2)
  • Multiplayer é legal, mas não consegue ser mais divertido que a campanha

A review do game foi realizada com a versão de PS5 do game, com uma chave cedida pela desenvolvedora. Lembrando que o título já está disponível para PS4, PS5, Xbox One, Xbox Series X|S, Game Pass, PC e Switch 2, também incluído na assinatura Game Pass. Curtiu a análise de Tony Hawk’s Pro Skater 3+4? Já está mandando manobras por aí? Conte para a gente nas redes sociais do Voxel!

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